sexta-feira, 24 de abril de 2009

Final Fantasy XIII



SE DEPENDER DAS PESQUISAS FEITAS PELOS DESENVOLVEDORES, EIS AQUI O RPG CAPAZ DE EXPLORAR AO MÁXIMO O SEU CONSOLE


Quando você vê um número 13 logo após o nome do jogo é porque a série precisa de um retrospecto para localizar os leitores que nunca foram fãs de RPG. Bem, o que aconteceu na franquia foi o seguinte: havia um sujeito chamado Hironobu Sakagushi, na época diretor da Square-Enix, que criou um jogo que se tornou sinônimo de RPG. Isso em 1987. Dali em diante o treco virou febre e rendeu 12 continuações, além de um sem-fim de histórias paralelas.

O passado é bem fácil de ser lembrado, já o futuro... ainda não há muito que possamos afirmar sobre Final Fantasy XIII. Depois de tanto sucesso a Square-Enix se dá o direito de deixar jogadores roendo as unhas, enquanto eles liberam somente umas poucas imagens, alguns vídeos e uma mixaria de informações sobre a mecânica, história e personagens. Não os entenda mal, eles não querem diminuir a imagem da obra, mas só adicionar uma pitada de mistério.

Claro que para fazer isto, você precisa ter uma marca verdadeiramente forte, assim como a Bungie tem com Halo ou a Rockstar com GTA, além de um bando de caras realmente bons na produção. Atualmente a Square tem ambos. Com apenas algumas linhas que ligam as histórias dos Final Fantasy – como um personagem chamado Cid – cada jogo da franquia costuma ser completamente diverso e único.

O QUE HÁ NO 13?

Em Final Fantasy XIII somos levados a um planeta selvagem chamado Pulse. Pelo fato de o mundo ser repleto de perigos, a humanidade se retraiu em uma pequena cápsula construída especialmente para uma sociedade contemporânea, a Cocoon, que fica boiando nos céus da superfície de Pulse. Uma maravilha tecnológica, este navio modernoso contem todos os elementos para garantir a vida cheia de luxos para seus habitantes. Por outro lado, também mede fortemente a lealdade de seus súditos.

Qualquer um que se oponha ao avançado modo de vida é expulso. E mais: os exilados que entram em contato com criaturas selvagens ainda ficam em quarentena e não podem mais voltar à cúpula.

A personagem central deste Final Fantasy XIII é uma mulher de nome Lightning (relâmpago, em português). Você pode até achar que isto soa um pouco hippie, mas segue uma tradição de Final Fantasy, que já teve protagonistas com nomeclaturas ligadas à força da natureza, como Cloud (nuvem) de FF VII.

Se o objetivo é seguir a tradição da saga, então você pode esperar muitas horas de jogatina para explorar a estrutura de Cocoon antes que o game se altere completamente e você seja jogado em Pulse. O contraste entre ambientações de ultima geração e as mais comuns de fantasia devem ser mesclado com grandes efeitos visuais. Pelas imagens e vídeos, Final Fantasy XIII deverá trazer uma experiência gráfica e artística sem comparação e levar a animação de RPGs um passo à frente.

A FANTASIA ELEMENTAR

Se somente as cenas grandiosas de Final Fantasy não são motivos suficientes para arrastá-lo do seu jogo de tiro usual, então permita-me elaborar. Um dos trunfos da franquia é a enorma atenção aos detalhes. Um deles – não tão pequeno assim – é o orçamento e o tempo de duração. Considerando o começo da criação do roteiro, já foram quatro anos de produção. O lance é que o pessoal do time quer pensar as coisas com calma, desenvolver tecnologias, vê-las desabrochar e utilizar todo o potencial que cada console apresenta. Quer dizer, sempre que sai um novo Final Fantasy, você pode comprovar qual a capacidade do console para o qual ele foi criado.

Ao longo dos anos, a série também mudou. Saiu de sua bolha oriental e assumiu que o mundo é bem mais amplo, e por isso, recebeu algumas influencias ocidentais. O resultado disso foi um dos jogos mais celebrados da historia: Fainal Fantasy VII, uma mistura de mitologias de vários povos, a busca pela calmaria oriental com a cabala hebraica e pitadas de Blade Runner. Isto é, a série não é mais feita para agradar aquele ou este país. Mas tornou-se um marco em termos de tom, história e construção de personagens para toda a industria de game. Agora a Square-Enix resolveu abraçar o Xbox 360 (culturalmente conhecido como o mais oriental dos consoles), a revolução pode ser outra, inteiramente nova.

É importante deixar claro: estamos prontos, Square-Enix!

Pode mandar a bomba sem dó.

Chega de puritanismo de Lost Odyssey e Infinite Undiscovery. Nenhum deles foi “aquele” RPG. Agora queremos o prato principal.


VEJA O VÍDEO DO JOGO

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