segunda-feira, 23 de março de 2009

STREET FIGHTER IV



TESTADO E APROVADO

STRE
ET FIGHTER IV vai garantir ótimos combates anos a fio.

Pense rápido: quando foi a última vez que você presenciou o lançamento de um novo Street Fighter? Um episódio realmente bem bacana, daqueles capazes de durar anos no imaginário gamer e de causar a destruição de uma porrada de controles, de fazer calo nos dedos até mesmo daqueles que já tem os dedos calejados. Faz tempo, né? Praticamente 18 anos. Essa é a diferença de tempo entre o lançamento de Street Fighter II e fevereiro deste ano, quando foi lançado o Street Fighter IV. Após o lançamento do episódio III, que foi considerado até mesmo pela própria produtora como um desastre, a franquia acabou sento empurrada para a geladeira e se não fosse a insistência do produtor Yoshinori Ono gerente-geral do estúdio, estaria até hoje por lá. Ono deu uma de brasileiro e não desistiu nunca: moveu mundos e fundos pra fazer com que seus supeirores acreditassem que o público gostaria de ver Ryu, Kem e companhia de volta à ativa.
Com o sinal verde devidamente dado, Yoshinori reuniu sua quipe e sugeriu que o novo capítulo fosse algo mais casual. Portanto, equilibrando uma mecânica simples com um esquema de jogo robusto, o game pode ser apreciado tanto por quem nunca teve contato com um controle como por fanáticos que sabem, entre outras coisas, que o verdadeiro nome de Blanka era Jimmmy – isto é, antes de ele sofrer um acidente de avião e ser criado na selva por uma... Onça.

START
A primeira coisa que você vai notar em Street Fighter IV é que há algo diferente com o visual. É 3D mesmo. Esbaldando uma salada de cores e o melhor estilo “pintado à mão”, o game se aproveita da onda tridimensional para permitir que os cenários sejam mais dinâmicos e funcionem como uma entidade à parte. Não que seja tudo interativo demais, ninguém verá Ryu correndo para a multidão, pegando uma mesa de um bar e atirando na cabeça de Ken. Acontece, por exemplo, de um hadouken mal executado ser desviado para o grande publico e o efeito ao seu redor ser sentido por meios de gritos ecoados por espectadores, ou de objetos sendo quebrados e arremessados no ar.
Apesar de toda essa repaginada, fãs mais temerosos podem ficar tranqüilos, Ono e sua equipe optaram por não revolucionar o esquema de jogo. Isso não quer dizer que continua tudo do jeito que sempre foi, mas a idéia principal é de que a jogabilidade foi aprimorada, e não substituída. Mais rápida, eficiente e acessível, ela pode ser encarada como uma versão 2.0 da mecânica encontrada em Street Fighter II Turbo. Jogadores mais atentos vão perceber, por exemplo, que o “timing” necessário para a execução dos ataques combinados são muito mais generosos e que os golpes complexos, antes tido como impossíveis, são facilmente colocados em prática.
Street Fighter IV é muito mais sobre estratégia e planejamento do que sobre sair apertando botão de soco feito um guri que acabou de ganhar um Nitendo Wii.

QUANTO MAIS CONCETRADO MELHOR. CERTO?
Certíssimo. Apesar de todo o papo envolvendo a casualidade do projeto, Street Fighter IV tem o s seu sistema de combate consolidado em dois eixos que prometem agradar em cheio aos fãs mais conservadores: são eles os Focus Attack e a chamada Revenge Gauge, sistemas que reservam boas surpresas.

FOCUS ATTACK
Ele vem ao encontro da máxima, - como reza o provérbio - de que a melhor defesa é o ataque. Na prática ele permite que você passe menos tempo se preocupando em descobrir qual seria o botão usado para se defender e trate de se ligar nos golpes efetuados pelo seu oponente, afinal, o grande lance é você reagir ao movimento no tempo certo para, de lambuja, absorver a energia do golpe do inimigo e usá-la em um contra ataque inesperado.

REVENGE GAUGE
Por sua vez, é a adição interessantíssima ao apanhado de barrinhas que são exibidas na tela. Como o nome faz questão de denunciar, ela é preenchida conforme você apanha de seus adversários. O medidor sobe o tanto quanto o numero de socos e pontapés você leva durante a partida. Basicamente, Revenge Gauge tem como objetivo permitir que, uma vez com este índice cheio, seu personagem possa se vingar executando um ataque absurdamente devastador. Um Ultra Combo capaz de torná-lo invencível por alguns segundos e de acionar um efeito de câmera lenta. Aprender a se aproveitar desta técnica torna imprescindível quando você descobre ser capaz de eliminar seu oponente mesmo tendo um pouquinho de energia restante.

COMBO CAPRICHADO
O grande “que” por trás do game é o modo como tudo parece ser pintado à mão e, por isso, como tudo parece sair do lugar durante os momentos mais tensos de cada partida. Isso acontece porque durante a execução dos combos, o uso da câmera lenta permite que o jogador enxergue detalhes até então escondidos, como a movimentação da tinta que modela o corpo dos lutadores. A modelação dos lutadores, por sua vez, é outro aspecto que ocupa o topo da nossa lista imaginária contendo cem motivos pelos quais a Capcom deveria lançar um babador à edição especial de Street Fighter IV. Pro aqui cada personagem foi minuciosamente trabalhado em cima de ilustrações originais criadas por Daigo Ikeno, diretor de arte, que teve liberdade para modificar alguns traços de cada figura e que fez tudo isso sem acabar com o charme de quase duas décadas de existência. A verdade é que alguns personagens estão assim, mais parrudos, mas sem que isso interfira na jogabilidade. E quem achou que a jogatina seria mais lenta ou pesada se enganou feio. E garanto que você jamais verá um jogo de luta tão frenético que este novo Street Fighter.

QUANTO AO RESTO?
Que um jogo não se faz só de um visual bonitinho você já sabe. Ele precisa ter conteúdo, e no que depender da Capcom isso está longe de ser um problema em Street Fighter IV. São muitos os modos de jogo disponível, entre eles os tradicionais Arcade, Versus e Challenges, e o estúdio ainda garante duas coisas: 01 - Pode tratar de esquecer aqueles estágios “bônus” nos quais você poderia fazer a festa destruindo elementos do cenário. 02 - A campanha principal funcionará aos moldes da série Virtua Fighter, ou seja, com seu personagem seguindo uma espécie de linha de benefícios ate chegar a um grande”chefão”.
Por outro lado, você deve saber muito bem que Street Fighter IV permitirá ainda a famigerada realização de partidas online. Até um tempo atrás havia um papo estranho quanto a existência de alguns problemas de rede, mas a Capcom garante que não passa de boatos. Outro ponto que merece destaque em relação a internet está no uso da Playstation Network para distribuir conteúdos extras (pós-laçamentos) para o jogo.

Tudo indica que depois de tanto tempo guardada, a franquia quer realmente voltar ao topo.
E estamos aqui para aprovar. Ou não.

Veja o Trailer do Jogo

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